O mel é um alimento milenar com inúmeras propriedades nutritivas e terapêuticas. Além de ser um excelente adoçante natural, ele também é utilizado em diversas receitas culinárias, na produção de cosméticos e no tratamento de enfermidades.
Mas como ter certeza de que é mel de procedência? Afinal, nem todo mundo tem conhecimentos técnicos sobre o produto e o mel é um dos produtos mais falsificados do mundo.
O registro de Indicação Geográfica – IG, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a determinadas regiões geográficas é uma das certificações que assegura a alta qualidade. A seguir, falaremos um pouco mais sobre esta certificação e sobre como ter certeza de que é mel de procedência.
O que é mel de procedência?
O Paraná e o Rio Grande do Sul se revezam no posto de maior produtor de mel do Brasil. O que garante o diferencial do mel paranaense é a qualidade atestada com o selo IG (Indicação Geográfica). Esse registro concedido a algumas regiões geográficas, assegura as características de qualidade de um determinado produto.
Logo, mel de procedência é aquele que é puro e é produzido seguindo um padrão rigoroso de qualidade. Há um manejo correto das colmeias, a não utilização de agrotóxicos, entre uma série de outras exigências necessárias para a obtenção da Indicação Geográfica.
Saber a procedência do mel e se ele possui reconhecimento formal da pureza é fundamental para adquirir bons produtos. Adote sempre essa medida para consumir o produto em sua excelência.
A Indicação Geográfica e o processo de certificação
A região Oeste do Paraná recebeu o registro de Indicação Geográfica em julho de 2017, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Esse registro é concedido a regiões geográficas que são conhecidas por suas características de qualidade do produto.
A indicação Geográfica reconhece a reputação, características e qualidade vinculadas ao local certificado. Dessa forma, o país e o mundo todo sabem que essa região se especializou na produção de um produto diferenciado e de qualidade superior.
Além disso, a Indicação Geográfica protege os consumidores de falsas indicações de origem e de produtos de qualidade desconhecida. A IG também agrega valor ao produto e melhora a qualidade nas ações da cadeia produtiva. Assim, facilita o marketing e o acesso a novos mercados.
O órgão responsável pelo mapeamento das regiões com produtos potenciais é o Sebrae. Outros órgãos como o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) contribuem dando o suporte técnico para os produtores.
Para que o apicultor consiga a Indicação de Procedência são necessários que se cumpram alguns pré-requisitos. A começar pela seleção de equipamentos de proteção individuais (como os macacões apícolas), o manejo correto de colmeias padronizadas, a não utilização de agrotóxicos, a limpeza do ninho até a escolha de embalagens adequadas.
Para o mel de procedência também é preciso demonstrar que ele possui característica única no processo de produção, relacionadas com as condições do ambiente.
Somente seguindo rigorosamente todos os processos é que o produtor consegue o registro de Indicação Geográfica. O processo também inclui o protocolo dos documentos necessários e exigências específicas, como análises microbiológica, fisioquímica e sensorial da produção.
Como ter certeza de que é mel de procedência?
O mel com selo de IG apresenta qualidade única, em função de suas características naturais, como o solo, a vegetação, o clima e a técnica empregada pelo produtor. Além disso, há o apelo do “ecologicamente correto”, já que o mel de procedência é produzido em harmonia com a preservação ambiental.