Como o bioma interfere nas qualidades nutricionais do mel

como o bioma interfere na produção de mel
Imagem do blog Coofamel sobre a influência do bioma na produção do mel

A apicultura é uma atividade muito importante para o setor agropecuário no Brasil. Existem muitas variedades de mel no país, sendo que 12 são os tipos que mais se destacam por suas peculiaridades.

 Alguns deles são mais raros e difíceis de encontrar no mercado. Para o público leigo, que não tem conhecimento e acredita que os méis são todos iguais, pode se surpreender ao descobrir que o bioma interfere muito nas qualidades nutricionais do mel.

Dessa forma, existe uma relação entre qualidade x local de produção. Por isso, há méis de colorações diferentes, bem como sabores.

 Suas características diferem de acordo com as plantas de onde o néctar é extraído, a localização geográfica dessas plantas e das espécies de abelhas produtoras. Assim, existem diversos tipos de mel.

 Neste artigo falaremos um pouco mais sobre como o bioma interfere nas qualidades nutricionais do mel e principalmente sobre a relação qualidade x local de produção.

O papel do bioma na qualidade do mel

As pastagens e demais culturas agrícolas são extremamente influenciadas pelo bioma onde elas estão inseridas. Com a apicultura não é diferente. As particularidades de cada produto diferem conforme as floradas de onde ele foi extraído.

 Logo, a diversidade das espécies, a quantidade de flores e a localização próxima a áreas nativas e preservadas de floresta interferem positivamente na produção e na qualidade do produto.

 A composição física e química, assim como as características sensoriais (sabor e cor) podem variar de acordo com a origem floral. Dessa forma, ao ser comercializado, o mel é classificado de acordo com sua origem botânica e processo de obtenção (qualidade x local de produção).

 Eles são nomeados de acordo com as plantas visitadas e de onde o néctar foi coletado. Por isso, existem méis chamados de mel de assa peixe, mel de flor de laranjeira, mel de eucalipto, mel silvestre, e assim por diante.

 No Brasil, em todas as regiões é possível obter mel de qualidade, mas algumas delas se destacam com a Indicação Geográfica, um Selo de Procedência do INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial, que garante reconhecimento e valorização da região na produção de mel.

Relação qualidade x local de produção

 Saber a procedência do mel e se ele possui selo de pureza é fundamental para adquirir um produto de qualidade e evitar infecções, principalmente em crianças. Existe uma relação muito importante entre a qualidade x local de produção do mel, pois existe um registro de Indicação Geográfica, concedido pelo INPI a determinadas regiões, que assegura a qualidade do mel.

 A indicação Geográfica é um reconhecimento da reputação, características e qualidade vinculadas ao local certificado. Dessa forma, o mundo sabe que essa região se especializou em um produto diferenciado e de excelência.

 Além disso, a Indicação Geográfica protege os consumidores de falsas indicações de origem e de produtos de qualidade desconhecida. Além de agregar valor ao produto e melhorar a qualidade nas ações da cadeia produtiva.

 Logo, tem-se uma relação de qualidade x local de produção, pois o mel foi produzido seguindo um padrão rigoroso de qualidade. Há um manejo correto das colmeias, não utilização de agrotóxicos, entre uma série de outras exigências necessárias para a obtenção do selo de Indicação Geográfica.

 O órgão responsável pelo mapeamento das regiões com produtos potenciais é o Sebrae. Outros órgãos como o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) contribuem dando o suporte técnico para os produtores.

 A região Oeste do Paraná recebeu o registro de Indicação Geográfica em julho de 2017, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Quais são as características do mel do Oeste do Paraná?

A região Oeste do Paraná é muito rica em biodiversidade, dando assim uma alimentação completa para as abelhas. Além disso, a região recebeu o registro de Indicação Geográfica em julho de 2017.

 As características do mel da região são diferentes dos demais justamente pela região, muito rica em áreas verdes preservadas e com uma grande bacia hidrográfica, aliada às melhorias técnicas da gestão e produção. Dessa forma, tem-se um mel mais saboroso e de cor mais clara.

 A região Oeste do Paraná está localizada a oeste do Estado do Paraná e dela fazem parte cinquenta municípios. A região possui relevo plano, pouco ondulado, com solos férteis e características climáticas propícias para a agricultura.

 As áreas de preservação permanente ao redor do Lago de Itaipu aliadas a verões quentes e chuvosos, com geadas pouco frequentes e a topografia da região fazem com que o mel do Oeste do Paraná seja diferenciado.

 Além da enorme aceitação comercial, o mel da região possui alta qualidade e princípios ativos que melhoram a vitalidade corporal. Sua cor é mais clara, suave, quase transparente e o sabor floral é delicioso.

 

 

 

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